
Biologia evolucionária e celular - Aprimorando a inseminação artificial
Desde que foi introduzida há mais de 40 anos, a fertilização in vitro, uma forma de inseminação artificial, tem sido fonte de esperança para casais inférteis. A taxa de sucesso é, todavia, de apenas 30 por cento e embriões in vitro podem mostrar competências de desenvolvimento reduzidas ou exibir mudanças epigenéticas. Pouco se sabe até o momento como isso pode ser evitado – como vencedora do prêmio Sofja Kovalevskaja, Marcia de Almeida Monteiro Melo Ferraz quer mudar isso.
A fim de estudar o diálogo materno-embrionário entre o embrião, o oviduto e o endométrio durante a pré-implantação, ou seja, o período entre fertilização e implantação no útero, Ferraz desenvolveu um modelo in vitro único. Utilizando células de oviduto e endométrio em um chip, ela irá explorar os fatores que podem influenciar a epigenética de um embrião. Ferraz se interessa particularmente em vesículas extracelulares, partículas de membrana que transportam informação de uma célula para outra e que são liberadas em grandes quantidades pelo tecido reprodutório materno. Por ora, pouca pesquisa tem sido feita sobre seu papel na maturação dos gametas e no desenvolvimento do embrião. Ferraz trabalhará em grandes espécies de animais clinicamente relevantes. Ela não pretende somente demonstrar aspectos desconhecidos do diálogo materno-embrionário, mas também potenciais técnicas para assistir a reprodução e aprimorar o sucesso na gravidez.
Instituto anfitrião: LMU Munique, Centro Genético de Munique, Cátedra de Biotecnologia e Reprodução Molecular Animal
Anfitrião: Professor Dr. Eckhard Wolf
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